Figurinos e Cenário

O ser humano vem gerando montanhas, continentes de lixo há muitas gerações. Desde aquela bituca de cigarro jogada na esquina, ao lixo mal descartado, vivemos em um mundo de consumo e descarte, sem o devido valor ao desenvolvimento de ações de reutilização e reaproveitamento, bem como da redução do uso destes materiais.

Foi neste lado "sujo" da humanidade que fomos buscar "inspiração" para o cenário e os figurinos da Nave Drassa: em pouco tempo, utilizando apenas materiais de reaproveitamento de figurinos velhos, junto de lixos recicláveis que a banda mesmo gerou, e coisas que acumulamos ao longo dos anos, chegamos a este mar de lixo. E nós, representando os seres envoltos neste mar.

O processo de criação deste conceito remonta do início da banda, em 2016, quando as primeira ideias foram sendo formadas, tendo o conceito de "sujeira/lixo" como base. Este conceito foi retomado em 2018, durante a produção do show "PEDRADA". A banda se reuniu na sede do Instituto Babaétoungá, o Casarão das Palmeiras, para fazer experimentações na construção dos figurinos, sob a coordenação de Jeanine Rhinow, cantora, performer e figurinista da Nave Drassa.

Dentre diversas fontes de pesquisa e inspiração, artistas ao redor do mundo que utilizam estas linguagens, como Vick Moniz e Efigênia Rolim, a um andarilho que vive em cavernas em São Francisco do Sul.

Chegamos ao resultado estético buscado, com o uso de elementos do lixo "enfeitando" os figurinos e preenchendo o palco.

Confira abaixo algumas fotos do processo de criação dos figurinos, no Casarão das Palmeiras.


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